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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O que é a classificação de Child-Pugh?

Proposto por C. G. Child e J. G. Turcotte da Universidade de Michigan em 1964, esse sistema se propunha inicialmente a classificar pacientes candidatos à cirurgia de descompressão portal. Em 1972, foi modificado por Pugh, que eliminou o critério subjetivo de avaliação nutricional, substituindo-o por um mais objetivo, o RNI. Hoje a classificação de Child-Pugh tem se mostrado um bom fator preditivo da gravidade da cirrose hepática - uma séria consequência das hepatites virais - e da indicação de transplante hepático.

            Esse escore se baseia em cinco critérios que indicariam alteração de função hepática. São eles: bilirrubina sérica, albumina sérica, ascite, distúrbio neurológico e tempo de protrombina. São atribuídos pontos de acordo com os níveis desses indicadores (tabela 1).



A escala varia de 5 a 15 pontos, sendo os indivíduos designados como Child A os que obtiveram escore 5 ou 6, que seriam portadores de uma cirrose dita “compensada”; Child B, aqueles que alcançaram de 7 a 9 pontos; e Child C, os que tiveram escore de 10 a 15 pontos, sendo os pacientes mais graves, portadores de uma “cirrose descompensada”. Hepatopatas classificados como Child B ou C são considerados candidatos a transplante de fígado.

Dessa forma, é possível identificar os indivíduos mais graves, que teriam maior probabilidade de vir a óbito em decorrência de doença hepática, e aqueles mais estáveis. Pode parecer que um grupo de pacientes está sendo privilegiado, mas num universo restrito de doadores, essa é a maneira mais justa encontrada para garantir que aqueles que mais necessitam do transplante sejam contemplados, como confirma a Sociedade Brasileira de Hepatologia:

“A Sociedade Brasileira de Hepatologia considera que, pelo princípio democrático, todo direito deve ser universal e igualmente distribuído. Direito não universal torna-se privilégio. Por outro lado, tratar de maneira idêntica indivíduos incapacitados passa a ser injustiça e conceder-lhes um benefício pode ser a maneira de restaurar-lhes o direito.”

Referências: 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. MANUAL DE PERÍCIA MÉDICA. Brasília: Editora MS, 2005.

5 comentários:

  1. GILMAR COSTA PEREIRA SOU PORTADOR DE HEPATITE C NAO POSSO FAZER TRASNPLANTE POR SER PORTADOR DE INSUFICIENCIA CARDIACA GRAVE NAO ESTOU CONSEGUINDO REMEDIO E NAO POSSO FAZER CIRURGIA ME AJUDEM

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    1. TAMBÉM SOU PORTADOR DA HEPATITE C NÍVEL 4 E ESTOU CONSEGUINDO A CURA ATRAVÉS DE REMÉDIOS DISPONIBILIZADOS PELO GOVERNO, POIS SÃO DE ALTÍSSIMO CUSTO.

      ESTOU CONSEGUINDO A REVERSÃO DO QUADRO ATÉ ATINGIR A CURA.

      O TRATAMENTO É EFICAZ. OS REMÉDIOS SÃO RIBAVIRINA,SOFOSBUVIR E DACLASTAVIR.

      CONVERSE COM SEU INFECTOLOGISTA E, ELE SABERÁ ORIENTÁ-LO.

      AS CHANCES DE CURA VARIAM DE 90 A 100 PORCENTO DA VIROSE.

      ESPERO TER AJUDADO, COM UMA "LUZ NO FINAL DO TÚNEL".

      BOA SORTE E QUE DEUS O PROTEJA.

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  4. Meu sogro está com cirrose e o médico fala que está em grau 11.
    Gostaria de saber mais a respeito pq o meu sogro não sabe explicar e acha que está normal.
    Pesquisando fiquei assustada gostaria de uma orientação.

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