Muitas substâncias, como agrotóxicos,
pesticidas, álcool e medicamentos de uso rotineiro, produzem lesões hepáticas. Algumas
plantas também são responsáveis por danos hepáticos e muitas delas são usadas
regularmente para fitoterapia e preparo de chás naturais.
Vários dos chamados fitoterápicos são
utilizados por automedicação ou por prescrição médica e a maior parte não tem o
seu perfil tóxico bem conhecido. O risco aumenta com a utilização de compostos
contendo várias plantas, com a seleção inadequada da porção atóxica da mesma e
pela contaminação química ou por micro-organismos em virtude do armazenamento
inadequado. Outros fatores que contribui para maior risco são a não informação
do paciente sobre o uso de plantas na consulta e o não reconhecimento pelos
médicos dos eventos adversos associados com o uso de fitoterápicos.
O diagnóstico das hepatopatias provocadas
por ervas é preponderantemente clínico e de difícil comprovação em virtude da
ausência de manifestações clínicas e bioquímicas específicas, sendo necessária a
exclusão de outras patologias hepáticas. A suspensão imediata do agente
responsável é ainda a melhor opção terapêutica, devendo evitar-se a sua
reintrodução ou mesmo a administração de substâncias com estruturas químicas semelhantes
em virtude do risco de desencadear doença hepática grave, às vezes com evolução
fatal.
A doença hepática induzida por
produtos naturais varia desde assintomáticas com alterações das enzimas
hepáticas até hepatites agudas ou crônicas, síndrome de obstrução sinusoidal e
mesmo cirrose hepática e hepatite fulminante. Além disto, muitos produtos
naturais podem interagir com medicamentos tradicionais, interferindo no seu
metabolismo e modificando sua ação terapêutica ou exacerbando seus efeitos
hepatotóxicos.
Algumas plantas comumente usadas
causadoras de hepatotoxicidade são:
- Alcaloides da
Pirrolizidína – As
principais espécies implicadas são Heliotropiun,
Senecio, Crotalaria e Confrei.Tem potencial
hepatotóxico bem conhecido, principalmente por produzir síndrome de obstrução
sinusoidal. Em altas doses induzem doença hepática aguda com dor abdominal,
hepatomegalia e ascite, icterícia também pode estar presente. Pode haver
hepatite fulminante e em exposição prolongada desencadeia hepatites crônicas e
cirrose. A mortalidade é alta, atingindo a 20 a 40% das pessoas expostas.
- Porangaba - (Cordia
salicifolia) – Conhecida
também como cafezinho, chá de mato, chá
de bugre, chá de frade tem como constituinte a alantoína. É responsável por
lesões tipo hepatocelular, com elevações discretas das aminotransferases.
-
Chá Verde – (Camellia sinensis) – É
uma das bebidas naturais mais consumidas no mundo, sendo utilizada como planta
medicinal para várias situações. Alguns poucos casos de hepatite do tipo misto
têm sido descritos com seu uso principalmente em mulheres. A lesão hepática do
tipo hepatocelular, de evolução benigna, mas hepatite fulminante já foi
descrita. Sua hepatotoxicidade praticamente inexiste, quando o chá é preparado
na forma tradicional, utilizando-se água fervente ao contrário dos produtos
industrializados que fornecem o chá nas preparações em cápsulas ou provocam seu
preparo com derivados hidroalcoólicos.
- Germander – Conhecida como erva cavalinha, é usada comumente para tratamento de dores
abdominais, obesidade e como antipirética. Gera manifestações clínicas de hepatite,
entre 3-18 semanas após início do seu uso, geralmente quando utilizada em doses
superiores a 600mg/ dia. Utilização prolongada induz hepatite crônica e cirrose
hepática. A desnutrição e a indução enzimática entre outros fatores favorecem a
hepatotoxicidade.
- Ervas
Chinesas – As principais em uso no Brasil são:
•Jin
Bu Huan – Usada como
analgésica e sedativa, pode produzir hepatite aguda e recentemente foi descrito
também o desenvolvimento de hepatite crônica pelo seu uso.
•
Syo-Saiko-To – Usada
como antipirética, tornou-se popular, ao ser utilizado em alguns países como
tratamento alternativo da hepatite C, havendo relatos da diminuição da
incidência do carcinoma hepatocelular com seu uso. No entanto pode haver agravamento
da hepatite C. Hepatite aguda e crônica, fibrose hepática, esteatose e colestase
têm sido relatadas com seu uso.
•
Ma-huang – É
relacionada com casos de hepatite aguda grave com manifestação colestática.
- Sacaca – (Croton
cajucara benth) – Comum
na Amazônia é usada popularmente para tratamento da obesidade e
hipercolesterolemia, pode causar hepatite aguda, crônica e até mesmo
fulminante.
- Kava-Kava – (Piper
methysticum) – Vários
relatos de hepatite aguda têm sido apresentados, alguns com evolução grave,
evoluindo para transplante hepático e mesmo para morte.
- Sena (Cássia
angustifólia) – Utilizada
como laxante, foi responsabilizada por hepatite aguda em pessoas que usavam doses
elevadas.
- Isabgol - (Plantago
ovata) – Usado na
constituição de muitos laxantes, tem sido relacionado como causador de hepatite
aguda, com presença de fibrose e células gigantes na histologia hepática.
- Valeriana - (Valeriana
offi cinallis) – Alguns
casos de hepatite aguda têm sido relatadas com seu uso, inclusive com hepatite
fulminante.
- Poejo - (Mentha
pulegium) – Seu
constituinte tóxico é a pulegona, pode produzir hepatite aguda e mesmo hepatite
fulminante.
- Quelidônia-maior -
(Chelidonium majus) –
Muitos são os relatos de hepatotoxicidade com seu uso, principalmente hepatites
colestáticas associadas a baixos títulos de autoanticorpos, sugerindo mecanismo
de autoimunidade, manifestado após períodos variados da sua ingestão.
- Cáscara Sagrada -
(Rhamnus purshiana) –
É utilizada principalmente como erva laxativa. Tem sido implicada como
causadora de hepatite colestática, mas também por lesão hepática mais
importante, como hepatopatia crônica.
- Chaparral - (Larrea
tridentata) – Tem
sido usada para tratamento de resfriados comuns e ultimamente até para doenças
mais sérias, como portadores do vírus HIV. Induz doença hepática aguda colestática.
Também foi descrita evolução para cirrose hepática e hepatite fulminante com
necessidade de transplante do fígado.
REFERÊNCIAS:
SILVEIRA,
P. F; BANDEIRA, M.A;DOURADO, P.S. Farmacovigilância e reações adversas às
plantas medicinais e fitoterápicos: uma realidade. Revista Brasileira de
Farmacognosia Brazilian Journal of Pharmacognosy 18: 618-626, Out./Dez. 2008.
SOUZA,
A.F.M. Hepatotoxicidade por Chás. Rev Suplemento Hepatotoxicidade - Fev2011 -
Normal. indd 22.
Portal
da saúde. Programa
nacional plantas medicinais e fitoterápicos. Acesso em 2013. Disponível
em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/plantas_medicinais.pdf
MEU PRÉ PROJETO, É COM ESSE TEMA! MAS ESTOU COM DIFICULDADES DE ENCONTRAR ARTIGOS ATUALIZADOS.
ResponderExcluirSou Richard, estou aqui para testemunhar sobre um grande fitoterapeuta que curou minha esposa de câncer de mama. O nome dele é Dr. Imoloa. Minha esposa passou por essa dor por 3 anos, quase gastei tudo o que tinha, até que vi alguns testemunhos online sobre como o Dr. Imoloa os curou de suas doenças, imediatamente entrei em contato com ele. então ele me disse as coisas necessárias a fazer antes de enviar o fitoterápico. Gostaria que ele fizesse através do serviço de correio da DHL, e ele nos instruiu sobre como aplicar ou beber o remédio por boas duas semanas. e para maior surpresa antes da terceira semana superior, minha esposa estava aliviada de todas as dores. Acredite, foi assim que minha esposa foi curada do câncer de mama por este grande homem. Ele também tem um poderoso remédio herbal para curar doenças como: doença de Alzheimer, doença de parkinson, câncer vaginal, epilepsia, distúrbios de ansiedade, doença autoimune, dor nas costas, entorse nas costas, transtorno bipolar, tumor cerebral, maligno, bruxismo, bulimia, doença do disco cervical, cardiovascular Doença, Neoplasias, doença respiratória crônica, transtorno mental e comportamental, Fibrose Cística, Hipertensão, Diabetes, Asma, Artrite autoimune inflamatória ed. doença renal crônica, doença articular inflamatória, impotência, espectro alcoólico feta, distúrbio distímico, eczema, tuberculose, síndrome da fadiga crônica, constipação, doença inflamatória intestinal, doença lúpica, úlcera na boca, câncer na boca, dores no corpo, febre, hepatite ABC, sífilis, diarreia, HIV/AIDS, doença de Huntington, acne nas costas, insuficiência renal crônica, doença de Addison, dor crônica, dor de Crohn, fibrose cística, fibromialgia, doença inflamatória intestinal, doença fúngica das unhas, doença de Lyme, doença celíaca, linfoma, depressão maior, maligno melanoma, Mania, Melorreostose, Doença de Ménière, Mucopolissacaridose, Esclerose múltipla, Distrofia muscular, Artrite reumatóide. Você pode contatá-lo por e-mail Via drimolaherbalmademedicine@gmail.com
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